O Corsário |
Bailado em três atos e cinco cenas. Música de Adolpho Adam.
Coreografia de Mazillier, libreto de H.V. de Saint-Georges e Mazillier.
Estréia no Théatre Imperial de 1Ópera em Paris, em 23 de janeiro de 1856.
O texto é baseado no poema do mesmo nome de autoria de lord Byron, embora as semelhança sejam poucas. Há uma versão de Jules Perrot, que estreou no Teatro Bolshoi de São Petersburgo em 24 de janeiro de 1858.
Personagens do bailado: Conrado, o corsário; Seid, paxá da ilha de Cós; Isaac Lanqueden, dono de um bazar em Adrianopla; Birbando, lugar-tenente de Conrado; o chefe dos eunucos do harém do Paxá Seid; Medora; jovem grega; Zulméia sultana favorita de Seid; Gulnara, escrava do paxá.
Primeiro Ato
Primeira Cena- Uma praça de Adrianopla. No centro, o mercado de escravos.
Muita animação na praça.
Contratado e seus piratas também estão ali.
Medora, de um balcão, joga uma flor
para Conrado, que lhe dirige um ardente olhar. Isaac Laqueden é tutor
de Medora e um mercador de escravos. Os dois se dirigem ao bazar.
Entra o séquito do Paxá Seid, que deseja aumentar seu harém.
Descobre Medora, quer comprá-la.
A princípio, o judeu recusa, mas
depois concorda. Os homens de Conrado cercam o judeu e Seid, enquanto
Conrado foge com Medora.
Depois, os piratas carregam as escravas.
Segunda Cena- Um subterrâneo com tesouros.
Conrado apresenta a Medora os
seus tesouros e lhe diz que tudo será dela em troca de seu amor. Logo
depois, Birbante e os outros piratas entram trazendo Isaac. Dança das
escravas.
Medora pede o Conrado que liberte as escravas, mas os piratas querem
repartir-las entre si. Conrado submete birbante a seus pés. As escravas
são libertadas. Conrado e Medora se retiram.
Disposto a vingar-se, Birbante trama
um plano com judeu. Prepara um poderoso narcótico, que será dado a
Conrado por uma jovem. Quando o pirata toma a bebida, logo cai
adormecido. Os piratas se ponderam das escravas, e Medora é levada por
Isaac. Contudo, antes de partir, Medora deixa um bilhete na mão de
Conrado.
Segundo Ato
Palácio do paxá na ilha de Cós. Salão de Banhos das mulheres do soberano.
As mulheres estão entregues a
seus banhos e enfeites. O paxá ainda está muito aborrecido com o que
lhe aconteceu no bazar. Gulnara o provoca, e o soberano ordena que dê
em umas bastonadas.
Entra o judeu com Medora, coberta
com um véu. Quando o paxá a vê, fica realmente radiante. Medora pede
justiça, mas o paxá ordena que seja pago o preço ao judeu. Medora
toma de um punhal e põe Isaac em fuga.
É anunciada a chegada de uma leva
de peregrinos a Meca, chefiados por um velho que pede hospitalidade ao paxá, que concede. Quando o paxá ordena que Medora seja levada para
seu quarto, o velho tira seu disfarce, aparecendo Conrado. O corsário
toca sua corneta, e todos os peregrinos se transformam em piratas
armados.
Gulnara, perseguida por Birbante, pede proteção a Conrado. Medora lhe
conta que foi ele quem a entregou ao judeu. Quando Conrado vai matá-lo,
Medora intercede, e Birbante aproveita para fugir. O paxá volta com
reforços prende Conrado, condenado-o à morte.
Terceiro Ato
Primeira cena - Aposentado do paxá.
O Paxá Seid diz a Medora que
aceite casar-se com ele que a vida de Conrado será poupada. Como a
jovem recusa, o paxá faz um sinal e entra o corsário a caminho do suplício.
Medora, então, concorda.
O paxá os deixa a sós. Conrado não
aceita as condições, mas entra Gulmara que diz que tem um plano, e que
confiem nela.
Ao voltar o paxá, os dois dizem que
estão de acordo com a proposta. O soberano, satisfeito manda preparar
uma grande festa de casamento. A noiva entra coberta com um grande véu.
Percebe-se que se trata de Gulnara.
Concluída a cerimônia, o paxá coloca um anel no dedo da jovem. Nos
aposentos do paxá, quando o véu é retirado, surge Medora, que dança
para ele.
Medora consegue pegar as pistolas e o punhal do soberano e o amara.
Ao bater meia-noite, entra Conrado por uma janela e leva Medora com ele.
Seid consegue se libertar e toca o gongo.
Todos acorrem, mas é tarde. O casal
de enamorados já fugiu para o navio do corsário. Gulnara mostra o anel
provando que sua esposa.
Segunda Cena - a bordo de um navio.
Conrado e Medora estão abraçados
na ponte do navio e preparam-se para comemorar sua fuga, quando
desencadeia-se uma tempestade.
Um raio atinge o barco, que se parte, e naufraga. O epílogo nos mostra
Conrado e Medora, agarrados a destroços, dando a uma praia. Os dois se
ajoelharam e oram por ser terem livrado do desastre.